terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Noite para todos os gostos e estilos

A diversidade de casas e atrações noturnas de Juiz de Fora  influenciam a criação de nichos e estereótipos de seus frequentadores mais assíduos. Eles são alternativos (os indies, cults, hipsters), pagodeiros, “reis do camarote”, a turma do rap e por aí vai.

Cada grupo tem estilos e comportamentos próprios. “Existem noites que são mais propícias a paqueras do que outras. Geralmente, em um show de rock as pessoas vão pra curtir o som. Já em outras, como pagode, funk e sertanejo, tem mais pegação”, conta Letycia Cardoso, que além de frequentadora, ainda trabalha como fotógrafa em algumas festas da cidade.

Confira as dicas da Letycia para encontrar a festa ideal:

O Café Muzik, por exemplo, se consolida há 11 anos produzindo  festas voltadas para nichos bem específicos . E é famoso em Juiz de Fora por atrair o público gay às sextas-feiras e os mais alternativos  aos sábados. Não há regras, mas quem quiser encontrar com pessoas tatuadas, com cortes de cabelo mais ousados e roupas pra lá de diferentes, pode adicionar o Muzik  como uma boa opção.

Veja sugestões de looks para curtir uma festa alternativa:
Foto: Internet

Há quem diga que os “hipsters” -  um  apelido popular para quem curte coisas que pouca gente conhece, costuma sair à noite com óculos bem grandes e gosta de ter hábitos diferentes – são mais exigentes quando o assunto é música.  José Alexandre Abramo, que é DJ das festas B-Sides, Big Boss, discorda. Segundo ele, o segredo para  compor uma boa playslist está na qualidade, e isso vale para qualquer tipo de público:  é algo mais ligado ao segmento musical do que exigência. Aliás, eu gosto muito de tocar vários estilos musicais, sem nunca os sobrepor em uma escala de qualidade.”.

DJ José Abramo ensina como montar uma playlist de sucesso:
Por falar em música, tem uma galera que não vai só para ouvir, mas para fazer. São os frequentadores dos Encontros de MCs, que organizam a “Roda de Sexta” um coletivo de rap de Juiz de Fora, que acontece na Praça da Estação.  A publicitária Amanda Messias, de 25 anos, não perde um encontro: “Chega quem quer, não tem preconceito.  O preconceito é mais de quem está de fora e ainda acredita que quem faz rap é bandido”, desabafa. Ela é uma das muitas fãs de jovens de Juiz de Fora que se destacam em disputa de rappers em outras cidades. Amanda lembra dos músicos MC Oldi e Hugo de Castro: “São lindos, cheios de estilo e o mais importante, expressam atitude e talento em tudo o que cantam”, diz.

Fique por dentro de tudo o que rola no Encontro de MCs.

Também existe o preconceito em relação a um outro grupo de pessoas que costuma "estar em todas", os famosos baladeiros de plantão. A crítica é sobre a ostentação excessiva dos chamados "reis do camarote", pessoas que buscam estar em evidência, gastando quantidades exorbitantes em apenas uma noite. "Geralmente, respondem a tudo com dinheiro e preferem estar nos lugares mais caros ao invés de estarem com pessoas legais", comenta o estudante Lucas Kelmer, de 23 anos. 

Lucas é fã de música eletrônica e se queixa da associação do perfil dos "reis do camarote" com os grupos que frequentam as casas noturnas do gênero musical: "o cachê de um bom DJ é muito mais caro do que o de uma dupla sertaneja ou banda local. Por isso esse tipo de festa é mais cara". Ele acredita que o estereótipo acaba prejudicando a imagem da música eletrônica, que fica associada à pessoas prepotentes e arrogantes.

Veja aqui outras dicas para quem quer cair na folia.
Lugares para fazer a pré balada em Juiz de Fora.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Corredor da Folia abre o Carnaval de Juiz de Fora




Há quem diga que toda grande festa merece uma pré-comemoração. Com o Carnaval, a maior festa brasileira, não poderia ser diferente. Aqui em Juiz de Fora, a folia antecipada acontece entre os dias 20 de fevereiro e primeiro de março. O aquecimento para o feriado que começa no dia 4 promete blocos cariocas, bandas, bateria de escola de samba, ruas cheias e muita animação. 

Ao todo, 30 atrações gratuitas fazem parte do Corredor da Folia, um circuito carnavalesco organizado pela Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), da Prefeitura de Juiz de Fora. Desde 2011, o evento tem crescido e se tornado referência para os foliões da região.

O Bloco Come Quieto, uma das atrações locais no Corredor, completa seu terceiro Carnaval.  A percussionista do bloco, Alexandra Braz, já está empolgada para a folia: “Essa é a melhor época do ano pra gente, porque não paramos um minuto. Quando não estamos tocando, podemos curtir artistas que são nossas referências bem de pertinho”, conta.


Assista ao vídeo da performance da bateria Come Quieto no pré-carnaval de 2013:





Um dos destaques de 2014 será a cantora Alessandra Crispim.  Ela  que começou a carreira tocando no Bloco Come Quieto, após participar do programa The Voice Brasil, na Globo, chega entre os destaques da programação carnavalesca de Juiz de Fora. “No ano passado, estava com a gente. Todos nós torcemos muito por ela no programa. Agora vem poderosa! Esse carnaval vai ser uma comemoração pra todos nós”, diz Alexandra.



Alessandra Crispim e Alexandra Braz tocando pelo Come Quieto em 2011.
Foto: arquivo pessoal



Este ano o a bateria do bloco realiza uma feijoada com samba noPrivilège no dia oito de fevereiro e toca na programação do Corredor, no Altodos Passos, dia 22.



A empolgação também fica por conta do público. Os mais animados usam fantasias, confetes e acompanham a programação desde cedo. Mateus Casadio, 26 anos, nunca passou Carnaval na cidade, mas não abre mão de acompanhar com os amigos o tradicional Parangolé Valvulado nos dias que antecedem o feriado. “No último Parangolé eu fui fantasiado de romano. Levei espuma de Carnaval, passei muito calor com a roupa, mas foi muito divertido”, lembra Casadio.

Bárbara Landau, Mateus Casadio e Lívia Almeida no Parangolé Valvulado, em 2013.
Foto: Thaiana Garcia
Algumas casas noturnas também aproveitam o embalo para trazer opções carnavalescas para o seu público. Pelo terceiro ano consecutivo, o Cultural Bar traz o bloco Parangolé Valvulado no domingo antes do Carnaval. No cronograma da Funalfa, está programado para o dia 23 de fevereiro, no Largo do Riachuelo.

O turismólogo Rafael Cooper de Almeida, de 26 anos, acredita no surgimento da tradição do “pré-carnaval” em Juiz de Fora como uma importante valorização cultural da cidade. E, mais do que isso, uma oportunidade de aquecer o comércio e até mesmo o ramo hoteleiro em uma época que costumava ser de baixo movimento: “As pessoas que costumavam viajar mais cedo estão ficando e trazendo amigos de fora. Isso representa uma agitação que não existia há uns anos atrás”, observa.

Confira o depoimento do turismólogo Rafael Cooper na íntegra:



Confira a programação completa do Corredor da Folia 2014 aqui.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O novo espaço da noite juizforana

Prato São Bartolomeu (Thaiana Garcia)Prato São Bartolomeu (Thaiana Garcia)Florida Empanadas (Thaiana Garcia)Bar do Abud (Thaiana Garcia)Bar do Bigode e Xororó Original (Thaiana Garcia)Bar do Bigode e Xororó (Thaiana Garcia)
Brigaderia Rellicário (Thaiana Garcia)




Localizado na região central de Juiz de Fora e próximo ao campus da UFJF, o bairro São Mateus destaca-se entre os principais destinos para os jovens da região. Principalmente os universitários. Um dos primeiros distritos da cidade - fundado em meados do século XVIII - tem o movimento garantido pelos seus próprios moradores e seu comércio forte e atrativo. Baseado nesse desenvolvimento, surgiu uma concentração de bares e restaurantes focados em quem busca boas opções para sair à noite.

Confira algumas opções. em nossa Galeria de thaianagarcia no Flickr.

Bernardo Rangel, o "B" do "StudioB", tem o bar há 7 anos e escolheu a localização a dedo: "eu acho que deve ser o bairro mais populoso da cidade e já é tradição na vida noturna. Tem um volume de pessoas dos mais diversos nichos. Consigo reunir desde casais jovens, turmas de faculdade até casais maduros e todas as tribos", explica.

Curiosidade: conheça o frequentador mais antigo do Studio B.

Além da tradicional cervejinha do happy hour, os novos empreendedores do São Mateus apostam na gastronomia diferenciada. O São Bartolomeu, pub inaugurado em outubro, é um exemplo. Os donos investiram na decoração, cerveja artesanal e sanduíches gourmet, pensando em atrair uma clientela mais selecionada. "Aqui eu consegui atingir o meu público em potencial. O Bendito e a brigaderia Rellicário abriram antes de nós e mostraram que tem muito espaço para esse ramo gastrônomico na noite. Agora já temos um vizinho, a Florida Empanadas, que serve comida argentina. A tendência é só aumentar, o que é ótimo para todo mundo", conta o sócio Breno Farace.

Confira o bate-papo completo com o proprietário do São Bartolomeu Breno Farace e do Bar do Abud, o senhor Rogério Abud:


O circuito tem programação para todos os dias da semana. E para melhorar os lucros em dias de pouco movimento, alguns comerciantes investem em promoções especiais. 
O dono do Studio B, Bernardo, dá a dica: "Usamos o nosso site e o Facebook para divulgar a porção do dia e rodadas duplas de drinks".

Acompanhe a agenda cultural da cidade aqui.
Aplicativo garante descontos em restaurantes e bares de Juiz de Fora.

Quem mora na região há muito tempo também vê pontos positivos no aumento do movimento noturno, mas uma queixa comum é sobre o barulho e os frequentadores mais inconvenientes.  "O comércio aberto até mais tarde e é uma opção de lazer, mas as brigas e algazarras na rua durante a madrugada incomodam muito", diz Maria das Graças Damasceno, de 61 anos de idade e 15 de São Mateus.